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SAFRA DE GRÃOS DO NORDESTE RUMO AO CRESCIMENTO RECORDE |
BRASÍLIA (Agência Prodetec) - A safra de grãos do Nordeste 2016/2017 vai aumentar 70,6% sobre a anterior. Trata-se do maior nível de crescimento entre as grandes regiões brasileiras. De acordo com o último levantamento da Conab, o total deve alcançar 16,7 milhões de toneladas para uma área de 7,7 milhões de hectares plantados. A nova estimativa da Conab para a safra nacional soma 219,1 milhões de toneladas, com aumento de 17,4% sobre a obtida em 2015/2016. A safra do Norte deve avançar 24,4% contra 25,6% do Centro-Oeste, 12,8% do Sudeste e 2,9% do Sul. O levantamento, realizado em fevereiro, abrange os seguintes produtos: caroço de algodão, amendoim, arroz, aveia, canola, centeio, cevada, feijão, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo e triticale. Concentração No Nordeste, a produção de grãos está concentrada basicamente nos estados da Bahia (7,3 milhões de toneladas), Maranhão (4,4 milhões) e Piauí (3,3 milhões de toneladas). Os três estados respondem por mais de 90% do total da safra estimada para o Nordeste. Em termos relativos, no entanto, Sergipe apresenta o maior crescimento de safra entre os estados nordestinos, com variação de 355%. Aparecem em seguida, Ceará (140%), Piauí (127,7%, Paraíba (93,7%), Pernambuco (90,1%) e Maranhão (79,5%). As menores variações ocorreram na Bahia (38,8%), Rio Grande do Norte (34,4%) e Alagoas (13,3%). ESTIMATIVA DA SAFRA DE GRÃOS ESTADOS DO NORDESTE 2016/2017.
Fonte: Conab. Elaboração Agência Prodetec. Rendimento e área O estudo da Conab revela também a recuperação da produtividade agrícola regional, que passou de 1.329 quilos por hectare para 2.162 quilos, ajuste de 62,7% na comparação entre a estimativa da safra atual e a anterior. Se os dados da pesquisa forem confirmados, o rendimento médio das culturas agrícolas de Sergipe deve subir 355,2% ante 129,3% no Ceara, 116,4% no Piauí e 93,9% na Paraíba. Os dois grandes produtores de grãos do Nordeste também tendem a recuperar a produtividade perdida na safra 2015/16 em consequência de problemas climáticos. Na Bahia, os ganhos esperados são da ordem de 34,4%%, para 2.460 quilogramas por hectare, enquanto no Maranhão devem crescer 60,4%. A área ocupada pelas lavouras de grãos no Nordeste deve crescer apenas 4,8%, passando de 7,4 milhões de hectares para 7,7 milhões. A maior expansão de área verificou-se no Maranhão, de 1,4 milhão para 1,6 milhão de hectares.
Fonte: Conab. Elaboração Agência Prodetec. Produtos A exemplo do quadro nacional, no Nordeste a produção de grãos também se concentra em soja e milho. As duas lavouras juntas correspondem a 15,1 milhões de toneladas da produção total nordestina, cerca de 16,7 milhões de toneladas. Em termos percentuais, a participação gira em torno de 90% tanto em âmbito regional quanto nacional. A soja deve alcançar uma produção de 9.160 mil toneladas no Nordeste, aumento de 79,4% sobre a safra anterior (5.107 mil toneladas). Em âmbito nacional a estimativa ficou em torno de 105,5 milhões de toneladas. A produção baiana de soja deve alcançar 4.519 mil toneladas ante 2.647 mil toneladas do Maranhão e 1.994 mil toneladas do Piauí. Os produtores da Bahia estimam crescimento de 40,7% sobre a safra passada. Seus colegas maranhenses esperam ampliar a produção em 11,7%, enquanto os piauienses devem bater o recorde, com aumento de 208.8% na safra. No caso do milho, a safra prevista deve alcançar 5.942 mil toneladas, com avanço de 73% na comparação com a de 2015/2016 (3.435 mil toneladas). Em escala nacional a estimativa é de 87,4 milhões. Na distribuição espacial, a safra de milho se concentra também nos estados da Bahia (1.922 mil toneladas, aumento de 32,8%), Maranhão (1.555 mil toneladas, acréscimo de 77,8%) e Piauí (1.142 mil toneladas, com aumento de 54,5%). No caso do milho, a maior previsão de crescimento deve ocorrer em Sergipe: 452,2% a mais que na safra 2015/2016, totalizando 777 mil toneladas. ESTIMATIVA DA SAFRA DE GRÃOS ESTADOS DO NORDESTE 2016/2017. PRODUTOS SELECIONADOS.
Fonte: Conab. Elaboração Agência Prodetec. Postada em 10 março 2017. |
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