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ESTOQUE DE CRÉDITO EM 2016 SUBIU EM APENAS QUATRO ESTADOS DO NORDESTE |
Brasília (Agência Prodetec) – Somente quatro dos nove estados do Nordeste registraram crescimento no saldo de operações de crédito, em 2016: Piauí (1,5%), Maranhão (1,4%), Ceará (2,3%) e Paraíba (1,3%). Nos demais, os estoques acusaram saldo negativo na comparação com dezembro de 2015. De acordo com dados do Banco Central, os piores desempenhos em termos relativos ocorreram na Bahia (-5,1%) e Pernambuco (-4,2%)m, seguidos por Sergipe (-3,6%), Rio Grande do Norte (-1,4%) e Alagoas (-0,6%). No conjunto, o sistema financeiro do Nordeste também experimentou queda em relação a 2015, encerrando o exercício de 2016 com saldo de R$ 397,3 bilhões, 1,85% abaixo do ano anterior. NORDESTE. ESTOQUE DE CRÉDITO POR ESTADO 2016/2015. VALORES EM R$ MILHÕES.
Fonte: Banco Central. Elaboração Agência Prodetec.
Maior participação Apesar da queda de 5,7% registrada em dezembro de 2016, a Bahia mantém-se como o principal polo de crédito do Nordeste, com participação de quase 27%. O saldo das operações bancárias no estado atingiram R$ 106,7 bilhões ante R$ 112,4 bilhões em dez.2015. Como consequência da crise econômica do país, o segmento empresarial experimentou recuo de 14,4%, o maior entre os estados nordestinos, totalizando R$ 42,2 bilhões contra R$ 49, bilhões em dezembro de 2015. No mesmo período, as operações com pessoas físicas avançaram 2,2%. A crise também afetou a qualidade do crédito na Bahia, com o crescimento da taxa geral de inadimplência de 4,33% em dez.2015 para 4,69% em dezembro último. A variação maior foi entre as operações com pessoas jurídicas, aumento superior a 1,5 ponto percentual, de 3,46% para 5,03%. CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA NA BAHIA – 2010/2016. VALORES EM R$ MILHÕES.
Fonte: Banco Central. Elaboração Agência Prodetec. Queda pernambucana Segunda maior economia nordestina, Pernambuco também experimentou decréscimo nas operações de crédito, em função di retrocesso ocorrido nos saldos do segmento pessoa jurídica (-6,4% em relação a dez.2015). . Na mesma base de comparação, no caso das famílias, o crédito cresceu 3,7%, mantendo em ascensão desde 2010. Em relação à inadimplência, houve melhorias na taxa global que caiu de 4,24% para 3,87% e no segmento de pessoas físicas, enquanto uma leve alta entre as pessoas jurídicas. CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA EM PERNAMBUCO – 2010/2016. VALORES EM R$ MILHÕES. Período R$ Física R$PJuridica R$ Total Ina,PF% Ina.PJ% Ina.Total %
Fonte: Banco Central. Elaboração Agência Prodetec. Avanço mantido A economia cearense continuou demandando crédito ao longo do ano passado, mantendo ritmo de crescimento nominal nas operações desde 2010. No final de dezembro último, o estoque de crédito do sistema financeiro estadual alcançou R$ 66,1 bilhões, com crescimento de 2,3% sobre dezembro de 2015 q8uaddo chegou a R$ 64,6 bilhões. Ao contrário, de Pernambuco e Bahia, os estados mais industrializados do Nordeste, no Ceará registrou-se incremento no âmbito das operações com empresas (0,2%) e famílias (4,3%). Houve, igualmente, melhorias na qualidade do crédito com redução da inadimplência nos segmentos de pessoas físicas, pessoas jurídicas e na taxa geral. CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA NO CEARÁ – 2010/2016. VALORES EM R$ MILHÕES. Período R$ Física R$PJuridica R$ Total Ina,PF% Ina.PJ% Ina.Total %
Fonte: Banco Central. Elaboração Agência Prodetec. No Rio Grande do Nordeste, o desempenho do crédito na área empresarial (-11,3%) contribuiu para o declínio de 1,4% no balanço geral. O saldo das operações no estado fechou o exercício em R$ 30,2 bilhões, dos quis a maior fatia corresponde à participação das famílias (19,7 bilhões), que registrou aumento de 4,8% em 2016 na comparação com o ano anterior. As taxas de inadimplência decresceram no geral e entre as pessoas físicas, aumentando no segmento empresarial. OPERAÇÕES DE CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA NO RIO G. DO NORTE – 2010/2016. VALORES EM R$ MILHÕES.
Fonte: Banco Central. Elaboração Agência Prodetec. No Maranhão, o crédito direcionado ao setor privado recuou 6% nos dois últimos anos, alcançando pouco mais de R$ 13 bilhões em dezembro. Os créditos para as famílias, no montante de R$ 25,3 bilhões, aumentaram 5,8% na comparação dez.2016/dez.2015. Os financiamentos para as pessoas físicas tiveram mais liquidez no ano passado, fato que não impediu a elevação das taxas de inadimplência geral (de 4,34% para 4,47%) e do segmento empresarial (de 3,40% para 4,89%). OPERAÇÕES DE CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA NO MARANHÃO – 2010/2016. VALORES EM R$ MILHÕES.
Fonte: Banco Central. Elaboração Agência Prodetec. No Piauí, a destinação do crédito observou um retrocesso e tanto no caso das empresas: -11,7%. Esse fato acabou impactando o saldo de empréstimos no estado, cerca de R$ 19,1 bilhões, com avanço de apenas 1,5%. Desse montante, R$ 12,6 bilhões correspondem ao segmento de pessoas físicas e o restante ao de pessoas jurídicas. OPERAÇÕES DE CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA NO PIAUÍ – 2010/2016. VALORES EM R$ MILHÕES.
Fonte: Banco Central. Elaboração Agência Prodetec. O desempenho do crédito na Paraíba foi modesto em 2016, com 1,2% de aumento nos saldos sobre 2015, totalizando R$ 27,2 bilhões. No estado preponderaram as operações direcionadas para as famílias que absorveram R$ 20,3 bilhões, com crescimento de 5,8% na comparação com dezembro de 2015. OPERAÇÕES DE CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA NA PARAÍBA – 2010/2016. VALORES EM R$ MILHÕES.
Fonte: Banco Central. Elaboração Agência Prodetec. Recorde negativo As operações de crédito destinadas às pessoas jurídicas em Sergipe caíram 17,9% no ano passado, o maior índice entre todos os estados nordestinos. Com isso, o saldo global teve queda de 3,6%, fechando em R$ 17,8 bilhões, dos quais R$ 12,5 bilhões referem-se ao financiamento das famílias e o restante (R$ 6,4 bilhões) ao segmento de pessoas jurídicas. OPERAÇÕES DE CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA EM SERGIPE – 2010/2016. VALORES EM R$ MILHÕES.
Fonte: Banco Central. Elaboração Agência Prodetec. Em Alagoas, o estoque de crédito em 2016 decresceu 0,66% em virtude da demanda fraca por parte das empresas que somou R$ 5,4 bilhões, pouco mais de um terço do total direcionado para atendimento às famílias -- R$ 14,6 bilhões, alta de 3,8% na comparação com dezembro de 2015. OPERAÇÕES DE CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA EM ALAGOAS – 2010/2016. VALORES EM R$ MILHÕES.
Fonte: Banco Central. Elaboração Agência Prodetec. |
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