Rio de Janeiro (Agência Prodetec) – De acordo com dados da PNAD Contínua, o Nordeste continua registrando a maior taxa de desocupação da força de trabalho entre as grandes regiões brasileiras: 16,3% no primeiro trimestre deste ano ante uma média de 13,7% para o país como um todo. Em relação ao quarto trimestre de 2016, quando cravou 14,4%, o aumento foi de quase dois pontos percentuais.
O crescimento da desocupação, entretanto, ocorreu em todas as regiões brasileiras no confronto quarto trimestre de 2016/primeiro trimestre de 2017. No Norte, evoluiu de 12,7% para 14,2%; no Sudeste, de 12,3% para 14,2%; no Sul, de 7,7% para 9,3% e no Centro-Oeste, de 10,9% para 12,0%.
Considerado o confronto anual, observou-se incremento do indicador em todas as regiões, especialmente no Norte (de 10,5% para 14,2%), Nordeste (de 12,8% para 16,3%) e Sudeste (de 11,4% para 14,2%). No Sul, as taxas foram mais amenas (de 7,3% para 9,3%), o mesmo ocorrendo no Centro-Oeste (de 9,7% para 12,0%).
Rendimento
As duas regiões mais pobres – Norte e Nordeste – também registraram os menores salários médios da força de trabalho do país. Enquanto nas demais regiões, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou acima da média do Brasil (R$ 2.110,00), no Nordeste foi de apenas R$ 1.449,00) e no Norte, R$ 1.602. São valores bem aquém dos verificados para o Sudeste (R$ 2.425,00), Centro-Oeste (2.355,00) e Sul (R$ 2.281,00).
Segundo a pesquisa, houve melhoria nessa variável na comparação com relação a levantamentos anteriores. De fato, entre o quarto trimestre de 2016 e primeiro trimestre de 2017, o rendimento no Nordeste cresceu 3% ante 2,6% no Norte, enquanto nas demais o cenário foi de estabilidade. O Nordeste também acusa elevação no rendimento médio em relação ao primeiro trimestre de 2016: 4% contra 4,4% da região Sul.
No Brasil como um todo, o contingente da força de trabalho enquadrado na categoria 'subutilização' (que agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e os que fazem parte da força de trabalho potencial) somou 26,5 milhões de pessoas. Esse total é maior que o apurado tanto no quarto trimestre de 2016 como no primeiro trimestre de 2016.
Jovens, as maiores vítimas
Mais do que no restante do Brasil, no Nordeste, a taxa de desocupação atinge sobretudo os jovens de idade entre 18 a 24 anos de idade. Ela alcança 32,9% na região, taxa bem mais significativa que a registrada no Sul, por exemplo, onde ficou em 19,1% , a menor do país, e a média nacional de 28,8%.
No caso das ocupações, a pesquisa estimou uma taxa de 53,1% no primeiro trimestre de 2017 para o Brasil, com queda de 0,9 pc na comparação com o trimestre anterior (54%) e de e 1,7 ponto percentual ante o primeiro trimestre de 2016 (54,7%). Quando se compara o nível da ocupação frente ao quarto trimestre de 2016, todas as grandes regiões registraram declínio neste indicador, o mesmo ocorrendo no confronto com o primeiro trimestre de 2016,.
 

|
|
INDICADORES PARA POPULAÇÃO DE 14 ANOS OU MAIS DE IDADE
|
|
* # ?
|
Estabilidade Crescimento Declínio
|
|
Março (jan-fev-mar)
|
REGIÃO NORDESTE
|
|
|
|
|
TAXAS (em pontos percentuais)
|
Estimativas dos trimestres
|
Variação em relação ao trimestre anterior
|
Variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior
|
|
jan-fev-mar/2016
|
out-nov-dez/2016
|
jan-fev-mar/2017
|
Situação
|
Diferença
|
Situação
|
Diferença
|
|
TAXA DE DESOCUPAÇÃO
|
12,8
|
14,4
|
16,3
|
#
|
1,9
|
#
|
3,5
|
|
NÍVEL DA OCUPAÇÃO
|
49,0
|
47,1
|
45,8
|
?
|
-1,3
|
?
|
-3,1
|
|
TAXA DE PARTICIPAÇÃO NA FORÇA DE TRABALHO
|
56,1
|
55,0
|
54,7
|
*
|
-0,3
|
?
|
-1,4
|
|
INDICADORES (em mil pessoas)
|
Estimativas dos trimestres
|
Variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior
trimestre anterior
|
Variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior
|
|
jan-fev-mar/2016
|
out-nov-dez/2016
|
jan-fev-mar/2017
|
Situação
|
VAR%
|
Diferença
|
Situação
|
VAR%
|
Diferença
|
|
POPULAÇÃO
|
EM IDADE DE TRABALHAR
|
44.636
|
45.193
|
45.353
|
#
|
0,4
|
160
|
#
|
1,6
|
717
|
|
NA FORÇA DE TRABALHO
|
25.059
|
24.870
|
24.812
|
*
|
-0,2
|
-59
|
?
|
-1,0
|
-247
|
|
OCUPADA
|
21.852
|
21.297
|
20.779
|
?
|
-2,4
|
-519
|
?
|
-4,9
|
-1.074
|
|
DESOCUPADA
|
3.207
|
3.573
|
4.033
|
#
|
12,9
|
460
|
#
|
25,8
|
826
|
|
FORA DA FORÇA DE TRABALHO
|
19.577
|
20.323
|
20.541
|
#
|
1,1
|
219
|
#
|
4,9
|
965
|
|
POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO
|
EMPREGADO NO SETOR PRIVADO COM CARTEIRA (exclusive trabalhadores domésticos)
|
5.742
|
5.591
|
5.429
|
?
|
-2,9
|
-162
|
?
|
-5,4
|
-313
|
|
EMPREGADO NO SETOR PRIVADO SEM CARTEIRA (exclusive trabalhadores domésticos)
|
3.364
|
3.493
|
3.303
|
?
|
-5,4
|
-190
|
*
|
-1,8
|
-61
|
|
TRABALHADOR DOMÉSTICO
|
1.469
|
1.468
|
1.409
|
?
|
-4,0
|
-59
|
*
|
-4,1
|
-60
|
|
EMPREGADO NO SETOR PÚBLICO (inclusive servidor estatutário e militar)
|
2.916
|
2.885
|
2.857
|
*
|
-1,0
|
-28
|
*
|
-2,0
|
-58
|
|
EMPREGADOR
|
623
|
717
|
761
|
*
|
6,1
|
44
|
#
|
22,1
|
138
|
|
CONTA PRÓPRIA
|
6.964
|
6.437
|
6.301
|
?
|
-2,1
|
-136
|
?
|
-9,5
|
-663
|
|
TRABALHADOR FAMILIAR AUXILIAR
|
774
|
706
|
718
|
*
|
1,7
|
12
|
*
|
-7,3
|
-56
|
|
GRUPAMENTOS DE ATIVIDADE
|
AGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E AQUICULTURA
|
3.558
|
3.146
|
3.006
|
?
|
-4,4
|
-139
|
?
|
-15,5
|
-552
|
|
INDÚSTRIA GERAL
|
1.980
|
2.003
|
1.899
|
?
|
-5,2
|
-104
|
*
|
-4,1
|
-81
|
|
CONSTRUÇÃO
|
1.919
|
1.794
|
1.684
|
?
|
-6,1
|
-110
|
?
|
-12,3
|
-235
|
|
COMÉRCIO, REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES E MOTOCICLETAS
|
4.572
|
4.549
|
4.380
|
?
|
-3,7
|
-168
|
?
|
-4,2
|
-192
|
|
TRANSPORTE, ARMAZENAGEM E CORREIO
|
947
|
911
|
935
|
*
|
2,7
|
24
|
*
|
-1,3
|
-12
|
|
ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO
|
1.146
|
1.203
|
1.259
|
*
|
4,6
|
56
|
#
|
9,8
|
113
|
|
INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E ATIVIDADES FINANCEIRAS, IMOBILIÁRIAS, PROFISSIONAIS E ADMINISTRATIVAS
|
1.601
|
1.585
|
1.628
|
*
|
2,7
|
42
|
*
|
1,7
|
27
|
|
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, DEFESA, SEGURIDADE SOCIAL, EDUCAÇÃO, SAÚDE HUMANA E SERVIÇOS SOCIAIS
|
3.719
|
3.687
|
3.638
|
*
|
-1,3
|
-49
|
*
|
-2,2
|
-81
|
|
OUTROS SERVIÇOS
|
923
|
943
|
927
|
*
|
-1,7
|
-16
|
*
|
0,5
|
5
|
|
SERVIÇOS DOMÉSTICOS
|
1.486
|
1.477
|
1.421
|
*
|
-3,8
|
-56
|
*
|
-4,3
|
-64
|
|
RENDIMENTO MÉDIO REAL HABITUAL (em reais)
|
|
PESSOAS OCUPADAS (Todos os trabalhos)
|
1.394
|
1.406
|
1.449
|
#
|
3,0
|
43
|
#
|
4,0
|
55
|
|
POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO (Trabalho principal)
|
EMPREGADO NO SETOR PRIVADO COM CARTEIRA (exclusive trabalhadores domésticos)
|
1.458
|
1.472
|
1.487
|
*
|
1,0
|
14
|
*
|
2,0
|
29
|
|
EMPREGADO NO SETOR PRIVADO SEM CARTEIRA (exclusive trabalhadores domésticos)
|
775
|
766
|
812
|
*
|
5,9
|
46
|
*
|
4,7
|
37
|
|
TRABALHADOR DOMÉSTICO
|
580
|
560
|
578
|
#
|
3,4
|
19
|
*
|
-0,3
|
-1
|
|
EMPREGADO NO SETOR PÚBLICO (inclusive servidor estatutário e militar)
|
2.470
|
2.657
|
2.735
|
*
|
2,9
|
78
|
#
|
10,8
|
266
|
|
EMPREGADOR
|
4.202
|
3.884
|
3.944
|
*
|
1,6
|
60
|
*
|
-6,1
|
-258
|
|
CONTA PRÓPRIA
|
944
|
900
|
897
|
*
|
-0,3
|
-3
|
*
|
-5,0
|
-47
|
|
GRUPAMENTOS DE ATIVIDADE (Trabalho principal)
|
AGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E AQUICULTURA
|
508
|
539
|
541
|
*
|
0,4
|
2
|
#
|
6,5
|
33
|
|
INDÚSTRIA GERAL
|
1.293
|
1.235
|
1.369
|
*
|
10,9
|
134
|
*
|
5,9
|
77
|
|
CONSTRUÇÃO
|
1.162
|
1.175
|
1.172
|
*
|
-0,2
|
-3
|
*
|
0,9
|
10
|
|
COMÉRCIO, REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES E MOTOCICLETAS
|
1.221
|
1.246
|
1.252
|
*
|
0,5
|
6
|
*
|
2,6
|
31
|
|
TRANSPORTE, ARMAZENAGEM E CORREIO
|
1.441
|
1.354
|
1.355
|
*
|
0,1
|
1
|
*
|
-6,0
|
-86
|
|
ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO
|
1.067
|
1.068
|
1.045
|
*
|
-2,2
|
-23
|
*
|
-2,1
|
-23
|
|
INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E ATIVIDADES FINANCEIRAS, IMOBILIÁRIAS, PROFISSIONAIS E ADMINISTRATIVAS
|
2.212
|
2.132
|
2.138
|
*
|
0,3
|
6
|
*
|
-3,4
|
-74
|
|
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, DEFESA, SEGURIDADE SOCIAL, EDUCAÇÃO, SAÚDE HUMANA E SERVIÇOS SOCIAIS
|
2.318
|
2.402
|
2.482
|
#
|
3,3
|
80
|
#
|
7,1
|
164
|
|
OUTROS SERVIÇOS
|
1.079
|
1.133
|
1.167
|
*
|
3,0
|
34
|
*
|
8,2
|
89
|
|
SERVIÇOS DOMÉSTICOS
|
580
|
560
|
578
|
#
|
3,4
|
19
|
*
|
-0,3
|
-1
|
|
MASSA DE RENDIMENTO REAL HABITUAL (em milhões de reais)
|
|
Pessoas ocupadas (Todos os trabalhos)
|
29.156
|
28.927
|
29.061
|
*
|
0,5
|
134
|
*
|
-0,3
|
-95
|
|
Nota: As indicações de variação nas estimativas em relação às comparações as quais foram submetidas, foram feitas com base na metodologia, adaptada da metodologia desenvolvida para a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que consiste em calcular intervalos de confiança para a diferença temporal para um determinado conjunto de indicadores. Detalhes sobre a metodologia podem ser verificados no texto: FREITAS, M.P.S; LILA, M.F. "Estimação de intervalos de confiança para estimadores de diferenças temporais na Pesquisa Mensal de Emprego". Rio de Janeiro: IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento.
|
|
|
Situação
|
* # ?
|
Estabilidade Crescimento Declínio
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
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