São Luís (Agência Prodetec) - A previsão dos pesquisadores do IMESC é de crescimento da economia estadual no próximo ano, com média acima das estimadas para o Nordeste e o país como um todo. O prognóstico é de um avanço em torno de 4,6% do PIB maranhense, em 2017, enquanto para o Nordeste a indicação da consultoria Tendências é de um aumento de apenas 2,3%.
Os técnicos estão apostando em dois pontos principais para alcançar esse crescimento: melhorias nas condições climatológicas e consequente recuperação da safra de grãos do Estado; e continuidade dos investimentos em setores como logística de transportes (ampliação do porto da Madeira, novo terminal de grãos) e malha rodoviária, duplicação da Ferrovia Carajás, bem assim no crescimento na produção de gás, papel e celulose, entre outros.
Os investimentos em andamento e projetados para o Estado somam R$ 40,1 bilhões e podem gerar no Estado mais de 20 mil empregos formais diretos e indiretos nos próximos quatro anos. Desse montante, 96% são de iniciativa do setor privado e abrangem, entre outros, os segmentos de logística, petroquímica, energia, reflorestamento, papel e celulose, bebidas e alimentos.
Pressão tripla
De acordo com a última sondagem conjuntural elaborada pelo Imesc, a economia maranhense segue triplamente pressionada. De um lado pelos efeitos combinados da reversão do superciclo de commodities no plano internacional, do outro pela recessão e a crise político-institucional e fiscal no plano nacional, sem falar nos graves impactos provocados pela seca que afeta o Nordeste e o Maranhão, em particular, cuja safra indica quebra superior a 40% em 2016, com reflexos no segmento de mão de obra, seja quanto ao volume de ocupações, seja na precarização dos contratos de trabalho.
Segundo o presidente do IMESC, Felipe Holanda, à medida que a recessão se acentuou o Maranhão perdeu até agosto último quase R$ 900 milhões em termos de transferências correntes, enquanto a concessão do crédito retraiu-se, em especial o destinado ao setor imobiliário. Tudo isso, num cenário em que houve aumento real de 6,8% nas despesas.
O saldo desse quadro não poderia ser melhor: queda estimada de 4,8% para o PIB estadual em 2016.
Nordeste
Um estudo da consultoria paulista Tendências aponta para um crescimento de 2,3% no PIB nordestino, em 2017, o segundo maior entre as grandes regiões do país depois do Norte (3,9%) e acima das projeções para o Centro-Oeste (2,2%), Sudeste (1,4%) e Sul (1.3%).
Postada em 24 Nov.2016. |