Brasília (Agência Prodetec) Os dados divulgados pelo Banco Central sobre as operações de crédito no primeiro semestre deste ano mostram recuo na Bahia. Em relação a dezembro de 2015 (R$ 112.437 milhões), o saldo caiu 2,48%, totalizando R$ 109.647 milhões, em junho. Foi o pior desempenho entre os estados nordestinos e quase duas vezes a média regional.
De fato, no mesmo intervalo, as operações de crédito do Nordeste registraram diminuição de 1,34%, fechando em R$ 399.381 milhões ante R$ 404.812 milhões, em dezembro.
Considerado o desempenho mensal, junho experimentou recuo de 1,14% contra de 0,37% no Nordeste e 0,5% no país como um todo, cujo saldo somou R$ 3.130 bilhões.
CRÉDITO NA BAHIA. DISTRIBUIÇÃO E INADIMPLÊNCIA NO SEMESTRE.
data
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Total PF1
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Total PJ2
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Saldo Total3
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Ina.PF4
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Ina.PJ5
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Ina.global6
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dez/2015
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63.073
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49.364
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112.437
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5,01
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3,46
|
4,33
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jan/2016
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63.109
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49.152
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112.261
|
5,03
|
3,73
|
4,46
|
fev/2016
|
63.103
|
48.262
|
111.364
|
5,06
|
3,79
|
4,51
|
mar/2016
|
63.035
|
47.962
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110.997
|
5,02
|
3,87
|
4,52
|
abr/2016
|
62.856
|
47.478
|
110.334
|
5,14
|
3,85
|
4,59
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mai/2016
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63.160
|
47.761
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110.921
|
5,19
|
4,14
|
4,74
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jun/2016
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63.400
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46.247
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109.647
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4,94
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4,23
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4,64
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Fonte: Banco Central. (1) Pessoas físicas em R$ milhões; (2) Pessoas jurídicas em R$ milhões; (3) Saldo total em R$ milhões); (4) Inadimplência pessoa física (%); (5) Inadimplência pessoa jurídica (%); (6) Inadimplência global (%).
Ampla liderança
Maior PIB do Nordeste, a Bahia se mantém na liderança das operações de crédito da região, o que reflete o poderio da atividade econômica no estado. Sua participação no bolo corresponde ao primeiro lugar, com 27,4%, seguida de Pernambuco (18%, cerca de R$ 72 bilhões) e Ceará (16,2%, R$ 64,6 bilhões).
Como nos demais estados nordestinos, a distribuição do crédito na Bahia contempla mais as famílias (pessoas físicas) do que as empresas (pessoas jurídicas).
No final de junho, o primeiro segmento alcançou saldo da ordem de R$ 63,4 bilhões contra 46,2 bilhões destinados ao segundo. No caso das pessoas físicas registrouse um pequeno avanço entre maio e junho (0,3%), o mesmo não ocorrendo na área empresarial na qual a queda foi de 3,16%.
Qualidade do crédito
Vale salientar que a desaceleração do crédito na Bahia também repercutiu na taxa geral de inadimplência de junho (definida pela proporção das operações em atraso superior a 90 dias sobre o valor total).
Esse índice melhorou entre maio (4,74%) e junho (4,64%), mas permaneceu entre os maiores do Nordeste, atrás apenas de Alagoas (5,42%). No Nordeste, era de 4,62% em maio e caiu para 4,37%, em junho.
Em termos setoriais, a inadimplência na Bahia é bem mais elevada entre as empresas: 4,94 % ante 4,23% na área de pessoas físicas.
Postada em 02 ago.2016.
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