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NORDESTE. EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO EM QUEDA NO TERCEIRO TRIMESTRE |
Brasília|Agência Prodetec (Agência Prodetec) – A trajetória das vendas (US$ 9,3 bilhões) e das compras (US$ 14 bilhões) do Nordeste no exterior foi descendente entre janeiro e setembro deste ano. Tanto os valores exportados (-13,2%) como os importados (-18,3%) tiveram queda na comparação com o mesmo período de 2015. O que praticamente não muda na região é a concentração dos negócios tanto em termos de produtos como de mercados, com variação muito pouca também no que se refere às principais empresas exportadoras. Os cinco principais produtos exportados pelo Nordeste nos três trimestres iniciais deste ano foram responsáveis por mais de um terço das vendas regionais no estrangeiro (35,6%): pasta química de madeira não conífera (US$ 1,038 milhões) soja, exceto para semeadura (US$ 918,6 milhões); alumina calcinada (US$ 616,6 milhões), catados de cobre (US$ 419,7 milhões) e automóveis (US$ 354,1 milhões). Na lista dos dez produtos principais, a novidade é a inclusão do ouro produzido pela Bahia e Maranhão. O chamado bulhão dourado para uso não monetário registrou vendas no montante de US$ 177 milhões entre janeiro e setembro, com aumento de 9,1% sobre o mesmo intervalo do ano passado. NORDSTE. PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS. POSIÇÃO SET.2016
Fonte: MDIC. Os grupos Bahia Sul Celulose (US$ 573,0 milhões); Petrobrás (US$ 1.709,0 milhões); Paranapanema S.A. (US$ 333,8 milhões) Braskem (US$ 894,7 milhões); Ford Motor (US$ 639,3 milhões); Cargill Agrícola S. A. (US$ 563,8 milhões); Alcoa (US$ 487,4 milhões); FIAT (US$ 404,8 milhões); BHP Billiton (US$ 374,9 milhões); e Veracell Celulose (US$ 300,8 milhões) somaram 45,5% do total exportado pela região. Se acrescentar a esse ranking, os dez grupos seguintes, o percentual alcança 57%. Ou seja, vinte empresas, quase todas multinacionais, concentram cerca de três quintos de tudo quanto é vendido pelo Nordeste no exterior. NORDESTE EXPORTAÇÃO. 20 MAIORES GRUPOS EXPORTADORES.
Fonte: MDIC. Distribuição estadual O estado da Bahia continua liderando as exportações do Nordestes, com 55,3% do total, mas suas vendas recuaram 12,62% no período de janeiro a setembro deste ano. No Maranhão, a queda foi de 30,5% e no Piauí 56%. Em Alagoas, o revés chegou a 32%. Em contrapartida, Pernambuco (56,7%), Ceará (11%) e Sergipe (15%) registraram elevação em suas vendas. A Bahia exportou US$ 5.186 milhões, seguindo-se Maranhão (US$ 1.682 milhões) e Pernambuco (US$ 933 milhões). A lista se completa com Ceará (US$ 828 milhões), Alagoas (US$ 245 milhões), Rio Grande do Norte (US$ 179 milhões), Piauí (US$ 154 milhões), Paraíba (US$ 87 milhões) e Sergipe (US$ 75 milhões). EXPORTAÇÃO NORDESTE POR ESTADO – JANEIRO A SETEMBRPO 2016
Fonte: MDIC. As importações regionais também decresceram 18,3% entre janeiro e setembro deste ano e o mesmo período de 2015, ensejando um decréscimo significativo no déficit da balança comercial da região no período, para US$ -4.660 milhões, ante US$ 6,4 bilhões, em 2015. Comparados os três trimestres de 2016 com os de 2015, as importações caíram 45,2% no Maranhão, 45% no Piauí, 35% no Rio Grande do Norte, 43,8% na Paraíba, 29% em Sergipe, 22,5% na Bahia, 17,4% em Pernambuco e 7,8% em Sergipe. O Ceará foi o único estado cujas importações cresceram (35%). IMPORTAÇÃO NORDESTE POR ESTADO – JANEIRO A SETEMBRPO 2016
Fonte: MDIC. Destino e origem De acordo com os dados do MDIC, no período entre janeiro e setembro deste ano os Estados Unidos desbancaram a China como principal destino das exportações nordestinas, com US$ 1.560 milhões, contra US$ 1.519 milhões da China, US$ 1.093 milhões da Argentina, US$ 649 milhões da Holanda e US$ 422 milhões do Canadá. Completam a relação dos dez maiores mercados do Nordeste: Itália (US$ 286 milhões), Alemanha (US$ 258 milhões), Espanha (US$ 207 milhões), Bélgica (US%$ 205 milhões) e França (198 milhões). As vendas para a China recuaram 39,7% no período, o maior percentual entre o top 10, seguido de Espanha (-36,2%) e França (17,3%). NORDESTE EXPORTAÇÃO. 10 MAIORES DESTINOS – JAN.-SET/2016-2015
Fonte: MDIC. No toante às importações, verifica-se que não houve mudanças significativas. As compras nordestinas no exterior procederam, predominantemente, dos Estados Unidos (US$ 2.411 milhões) e da China (US$ 1.432 milhões), o equivalente a quase 30%. Todavia, Coreia do Sul e Argentina também aparecem como bons parceiros, com volumes de US$ 1.325 milhões e US$ 1.225 milhões, respectivamente. As importações nordestinas com origem na Coréia do Sul cresceram 617% nos três primeiros trimestres deste ano, o que se justifica pela aquisição de máquinas e equipamentos destinados à siderúrgica do Pecém (CE), da qual participam grupos coreanos e a brasileira Vale. Outro ponto importante é a ausência da Índia no ranking dos maiores fornecedores da economia nordestina. Do quarto lugar no ano passado desceu para o 13º. Por sua vez, a Noruega caiu da 10ª. Posição em 2015 para a 25ª, agora em setembro. NORDESTE IMPORTAÇÃO. TOP 10 POR ORIGEM – JAN.-SET/2016-2015
Fonte: MDIC. Postada em 05 Out. 2016. |
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